Entenda como funciona um projeto de ETE

 

Quando se fala em projeto de ETE, é importante entender todo o processo de tratamento pelo qual os seus efluentes irão passar. Dependendo do tipo de efluente, da quantidade, localização e diversos outros fatores, sua ETE terá de ser projetada de acordo com a sua necessidade. Continue lendo para saber mais!

 

Tempo de leitura: 5 minutos.

 

Neste artigo, iremos falar sobre o processo de tratamento de efluentes para você entender como funciona uma ETE e, então, saber que tipo de projeto de ETE será necessário para o seu caso. Também iremos te contar como funciona um projeto de ETE aqui na KSE Ambiental. Continue a leitura!

 

Confira os tópicos deste artigo:

 

  • O que são efluentes?

  • Como funciona um projeto de ETE na KSE Ambiental?

  • Mas, afinal, como funciona o tratamento de uma ETE? 

  • Faça o seu projeto de ETE com a KSE Ambiental

 

O que são efluentes? 

 

Conforme a resolução Conama 430/2011, o termo efluentes é utilizado para caracterizar os despejos líquidos provenientes de diversas atividades ou processos. Em geral, eles são separados em dois tipos: domésticos e industriais

 

O efluente doméstico consiste basicamente em fezes humanas e animais, restos de alimentos, sabões e detergentes. Já os efluentes industriais podem conter óleos, metais pesados e outras substâncias consideradas tóxicas e altamente contaminantes.

 

Ambos os efluentes antes de serem descartados no meio ambiente devem passar por um tratamento em uma Estação de Tratamento de Esgoto ou Estação de Tratamento de Efluentes (ETE). 

 

Esse tratamento é uma exigência da legislação ambiental. Por isso, caso uma empresa deixe de cumprir os requisitos legais, solicitados pelos órgãos ambientais e fiscalizadores, pode sofrer sanções de grande peso.

 

Além de contribuir com a degradação do meio ambiente, a empresa pode sofrer sanções que vão de multas de alto valor até a solicitação do cancelamento da sua licença ambiental de operação, conjuntamente da paralisação das atividades.

 

A legislação brasileira regulamenta o descarte de efluentes sobre os “corpos d'água”, limitando assim a carga de poluição encaminhada ao meio ambiente.

 

No âmbito federal, a legislação que rege o padrão e condições de lançamento de efluente é a já citada Resolução Conama 430/2011. Nela está estabelecido os padrões de lançamento de efluentes, o padrão de lançamento para esgoto doméstico e também fundamenta algumas diretrizes para a gestão dos efluentes, tendo como primeiro artigo abordado nesta seção, a seguinte frase:

 

“Os responsáveis pelas fontes poluidoras dos recursos hídricos deverão realizar o automonitoramento para controle a acompanhamento periódico dos efluentes, lançados nos corpos receptores, com base em amostragem representativa dos mesmos.”

 

Como funciona um projeto de ETE na KSE Ambiental? 

 

O nosso projeto de ETE vai de acordo com o espaço e a necessidade do seu empreendimento. Nossa equipe é altamente qualificada e capaz de elaborar estações compactas e solucionar deficiências no tratamento das estações. Após a instalação são oferecidos, gratuitamente, 60 dias de operação, incluindo a aplicação de insumos.

 

Atuamos desde a automação de projetos até a realização da instalação de motobombas, redes hidráulicas e comandos elétricos.

 

Faça o seu projeto de ETE com a KSE. Fale conosco!

 

Mas, afinal, como funciona o tratamento de uma ETE? 

 

O tratamento de uma ETE é baseado em algumas etapas, que de maneira geral são:

 

  • Pré-tratamento ou tratamento preliminar: consiste em realizar a separação dos sólidos grosseiros e detritos/areias do efluente.

  • Tratamento primário: consiste na realização de um processo físico-químico, geralmente baseado na sedimentação devido à diferença de densidade, o qual separa os sólidos sedimentáveis, materiais flutuantes e matéria orgânica do efluente.

  • Tratamento secundário: realizam-se processos bioquímicos, sejam eles por meio aeróbios ou anaeróbios, com o objetivo de reduzir a matéria orgânica não reduzida anteriormente e, após isto, uma nova etapa de sedimentação para que o efluente clarificado seja separado do lodo gerado no processo.

  • Tratamento terciário: tem como intuito a remoção de nutrientes, metais pesados, microrganismos patogênicos etc. Neste caso, temos o mais comum que é obrigatório na maioria dos casos: a desinfecção, o qual é feita a adição de um produto químico com propriedades que anulam e desativam certos microorganismos.

  • Tratamento e/ou destinação do lodo: todo o lodo gerado no processo precisa ser acondicionado em local adequado para o seu posterior tratamento e/ou disposição final em locais próprios. Uma das formas de tratamento de lodo seria a digestão do lodo e a desidratação dele para o redirecionamento para aterros. No caso de disposição sem tratamento, pode-se contratar empresas para realizar a retirada do lodo líquido e realizar o tratamento antes da destinação.

 

Agora, veja detalhadamente como funciona cada parte desse processo:

 

Pré-tratamento (gradeamento e desarenação)

 

Essa etapa é formada por processos físicos, em que é efetuada basicamente a remoção dos materiais grosseiros em suspensão, através da utilização de barras, telas e peneiras (gradeamento) e a separação da água residual das areias a partir da utilização de canais de areia (desarenação). Confira como funciona cada uma dessas etapas:

 

  • Gradeamento: nesta etapa, ocorre a remoção dos sólidos grossos, em que o material de dimensões maiores do que o espaçamento entre as barras é retido. Existem grades grossas, médias e finas, que variam de 5,0 a 10,0 mm, dependendo do seu espaço. O objetivo delas é reter o material sólido grosseiro em suspensão no efluente.

 

  • Principais finalidades do gradeamento: proteção dos dispositivos de transporte dos efluentes (bombas e tubulações), proteção das unidades de tratamento subsequentes e dos corpos receptores.

 

  • Desarenação: nesta etapa, ocorre a remoção da areia por sedimentação. Desta forma, o processo ocorre com os grãos de areia, devido às suas maiores dimensões e densidade, indo para o fundo do tanque, enquanto a matéria orgânica, de sedimentação bem mais lenta, fica em suspensão, seguindo para as unidades seguintes.

 

  • Principais finalidades da desarenação: remoção de areia, que evita a abrasão nos equipamentos e tubulações; eliminação ou redução da possibilidade de obstrução em tubulações, tanques, orifícios e sifões; e prover o transporte do líquido, principalmente a transferência de lodo, em suas diversas fases.

 

Tratamento Primário (floculação e sedimentação)

 

Esta etapa é formada unicamente por processos físico-químicos. É agora que acontece a equalização e neutralização da carga do efluente, a partir de um tanque de equalização e decantação, que podem ser feitas com ou sem adição de produtos químicos. 

 

Depois se separa as partículas líquidas ou sólidas, por meio dos processos de floculação e sedimentação, utilizando floculadores e decantadores (sedimentadores) primários. Entenda como funciona o processo de decantação a seguir:

 

  • Decantação primária: esta etapa consiste na separação do sólido (lodo) do líquido (efluente bruto), por meio da sedimentação das partículas sólidas. Os tanques de decantação podem ser circulares ou retangulares. Os efluentes fluem lentamente através dos decantadores, permitindo que os sólidos em suspensão, que apresentam densidade maior do que a do líquido ao redor, sedimentem gradualmente no fundo. Essa massa de sólidos, denominada “lodo primário bruto”, pode ser adensada no poço de lodo do decantador e enviada diretamente para a digestão ou ser enviada para os adensadores.

 

Tratamento secundário (processos biológicos de oxidação)

 

Nesta etapa acontece a remoção da matéria orgânica, por meio de reações bioquímicas, sendo que os processos podem ser aeróbicos ou anaeróbicos. Inúmeros são os tipos de tecnologias e variantes para o tratamento de efluentes. Uma das tecnologias mais difundidas, consolidadas e utilizadas, principalmente para esgoto doméstico, é o sistema de lodos ativados.

 

Os processos aeróbios simulam o processo natural de decomposição, em que o oxigênio é obtido por agitação ou por insuflação de ar. Enquanto os anaeróbios focam na estabilização de resíduos feita pela ação de microorganismos, na ausência de ar ou oxigênio elementar. O tratamento pode ser referido como fermentação mecânica.

 

Confira a seguir como ocorre cada parte do tratamento secundário:

 

  • Tanque de aeração: é o tanque no qual a remoção da matéria orgânica é efetuada por reações bioquímicas, realizadas por microrganismos aeróbios. A base de todo esse processo biológico é o contato efetivo entre esses organismos e o material orgânico contido nos efluentes, de tal forma que esse possa ser utilizado como alimento pelos microrganismos. O principal fator de controle neste tanque é o oxigênio dissolvido. Sendo assim, a adição de ar na massa líquida é imprescindível para que o sistema funcione corretamente. Os microrganismos convertem a matéria orgânica em gás carbônico, água e material celular (que permite o crescimento e reprodução dos microrganismos).

  • Decantação secundária e retorno do lodo: nesta etapa ocorre a clarificação do efluente e o retorno do lodo. Os decantadores secundários exercem um papel fundamental no processo de lodos ativados. São os responsáveis pela separação dos sólidos em suspensão presentes no tanque de aeração, permitindo a saída de um efluente clarificado, e pela sedimentação dos sólidos em suspensão no fundo do decantador, permitindo o retorno do lodo em concentração mais elevada. O efluente do tanque de aeração é submetido à decantação, em que o lodo ativado é separado, voltando para o tanque de aeração. O retorno do lodo é necessário para suprir o tanque de aeração com uma quantidade suficiente de microrganismos e manter uma relação alimento/microrganismo capaz de decompor com maior eficiência o material orgânico.

  • Descarte do lodo: aqui acontece o descarte do lodo excedente. O lodo produzido diariamente correspondente à reprodução das células, que se alimentam do substrato, deve ser descartado do sistema para que este permaneça em equilíbrio (produção de sólidos = descarte de sólidos). O lodo excedente extraído do sistema é dirigido para a seção de tratamento de lodo ou para o acondicionamento para posterior descarte.

  • Desidratação do lodo: etapa na qual é feita a remoção de umidade do lodo, seja com o uso de equipamentos como centrífuga, filtro prensa ou belt press, seja por processos naturais como leitos de secagem. A escolha dentre eles depende das características do lodo a ser tratado, das vantagens e desvantagens de cada equipamento e do custo.

 

Tratamento Terciário 

 

Esta etapa tem como finalidade conseguir as remoções adicionais de poluentes nos efluentes, antes de sua descarga no corpo receptor e/ou para recirculação em sistema fechado. Essa operação é também chamada de “polimento”.

 

Em função das necessidades de cada indústria, os processos de tratamento terciário são muito diversificados. No entanto, podemos citar as seguintes etapas: filtração, cloração ou ozonização para a remoção de bactérias, absorção por carvão ativado e outros processos de absorção química para a remoção de cor, redução de espuma e de sólidos inorgânicos tais como: eletrodiálise, osmose reversa e troca iônica.

 

Faça o seu projeto de ETE com a KSE Ambiental

 

Como você pode ver, o processo de tratamento de uma ETE é longo e um tanto complexo. Por isso, é importante escolher uma empresa que desenvolva um bom projeto de ETE e que siga as normas técnicas e legislações ambientais vigentes.

 

Afinal, lembre-se de que esse processo com os efluentes traz menos riscos ao meio ambiente e às pessoas, sendo devolvido à natureza com segurança. 

 

Nós da KSE Ambiental possuímos experiência no desenvolvimento de projetos, de instalação e manutenção de ETE, atendendo as mais variadas categorias de empreendimento —  empresas, condomínios, hotéis, pousadas e todos os segmentos industriais.

 

Acesse o nosso site e conheça melhor nossos serviços e as vantagens que proporcionamos para você!

 

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Continue nos acompanhando aqui no blog. Nos vemos em breve!

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