Tratamento de efluentes: quais as consequências de não tratar corretamente
A superfície do planeta Terra é 70% coberta de água, em sua maioria salgada. Em média, 2,5% são de água doce e ideal para consumo dos seres vivos e seus ecossistemas. Dentro desta baixa porcentagem de água “potável” disponível, 98% estão escondidos e armazenados de forma subterrânea. Ou seja, encontramos água em diferentes níveis de nosso planeta, por isso, precisamos protegê-la em diferentes níveis também.
Esses escassos recursos hídricos têm influência profunda no desenvolvimento das atividades econômicas dos seres humanos. Seja na agricultura, indústria, energia e alimentação. Mesmo com informações como estas sendo divulgadas diariamente pela imprensa, escolas e população como um todo, são registradas formas imprudentes do uso da água.
É neste ponto que identificamos a importância de um tratamento de efluentes. Vamos começar entendendo como é feito este cuidado.
Mas afinal, o que são ETEs?
Sabendo que a poluição das águas é uma das maiores agressões para o meio ambiente, diversos órgãos governamentais estabeleceram parâmetros e procedimentos para tratar os resíduos líquidos ou gasosos criados por causa de atividades humanas, os quais são chamados efluentes.
Com o avanço da tecnologia, foram criadas as Estações de Tratamento de Efluentes (ETEs). Com o objetivo de eliminar todos os agentes poluentes de águas residuais como matérias orgânicas, compostos químicos e tóxicos, as ETEs se tornaram obrigatórias no Brasil, de acordo com a Resolução nº 357 de 2005 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).
O funcionamento de uma ETE é composto por diferentes etapas: pré-tratamento, tratamento primário, tratamento secundário, tratamento do iodo e tratamento terciário. São muitas etapas, e cada uma delas exigem determinado controle, porém tratam-se de cuidados físico-químicos ou biológicos da água.
Há diversas tendências e novidades neste mercado como as ETEs compactas utilizadas por condomínios, por exemplo. O resultado no tratamento é tão bom quanto as tradicionais, porém atendem menores vazões de água.
A regulamentação do tratamento de efluentes em indústrias e condomínios é realizada pelos governos federal, estadual e municipal. Mas a conscientização deste trabalho é essencial a todos, uma vez que, a poluição ambiental atinge diretamente a qualidade da água e qualidade de vida de todos os seres humanos. Por isso, é essencial a orientação profissional e especializada no momento de tratar os efluentes de seu empreendimento.
Consequências de não tratar efluentes corretamente
Entendido que empresas e organizações precisam tratar seus efluentes (por lei e por ética), é necessário compreender quais são os riscos em realizar este trabalho da maneira incorreta ou imprudente. Muitas vezes, acreditando em uma forma de economia, os empreendedores tentam tratar a água sem o direcionamento ou instruções corretas, que poderiam facilmente ser adquiridas com empresas especializadas. Os prejuízos podem ser grandes e não só financeiramente.
Impacto ambiental
O principal impacto de um tratamento incorreto dos efluentes é diretamente na natureza. O aquecimento global e o efeito estufa são manchetes de notícias há anos e, infelizmente, o não tratamento dos líquidos colabora diretamente para a destruição do meio ambiente.
Os efluentes causam uma redução severa no oxigênio da água, ocasionando a morte de peixes e outros organismos aquáticos, por exemplo. Além disso, a água poluída se torna inutilizada para ingestão humana, banho, irrigação de frutas e verduras, hidratação de animais e todos os ecossistemas que dependem de uma água límpida.
Transmissão de doenças
Quando são lançados à natureza, como em rios, por exemplo, os líquidos não tratados afetam gravemente a saúde pública. Mais de 2 bilhões de pessoas não têm acesso a serviços de saneamento básico e grande parte desta população utiliza a água de riachos e fontes da natureza para consumo e banho.
Porém, estas fontes naturais são afetadas diariamente por efluentes de indústrias e empreendimentos imprudentes. O uso de água insalubre se torna comum e frequente, e infelizmente mais de 6 mil crianças morrem diariamente devido a doenças oriundas da ingestão de água inapropriada. São alguns exemplos: disenteria, meningite, amebíase, cólera e hepatites A e B.
Multas e riscos penais
Lançar os efluentes sem tratamento na natureza também pode gerar grandes prejuízos financeiros para as empresas e organizações que o fazem. Esta ação ocasiona multa ambiental grave, pois desrespeita a Resolução nº 430 de 2011 do Conama, qual complementa a Resolução nº 357 de 2005, já citada anteriormente. O artigo 3 desta decisão diz que os efluentes só poderão ser lançados após o devido tratamento, obedecendo os padrões e exigências.
Para os casos mais graves e com alto risco ambiental, as multas podem custar milhões de reais. Este foi o caso da mineradora Vale, que em 2017 foi notificada em R$1.620.000,00 por lançar resíduos não tratados no mar do Espírito Santo.
Com o meio ambiente cada vez mais fragilizado, os órgãos municipais e estaduais têm intensificado a fiscalização nas indústrias e empreendimentos, a fim de regulamentar as Estações de Tratamento de Efluentes. O mais indicado é que as empresas busquem auxílio especializado para estudar, identificar e implementar o melhor tratamento dos efluentes gerados por suas atividades.
A KSE Ambiental projeta e instala Estações de Tratamento de Efluentes em empresas como construtoras, loteadoras, incorporadoras, supermercados e indústrias em geral. Está precisando de uma ETE em seu empreendimento? Clique aqui e solicite um orçamento sem compromisso. O meio ambiente conta com o seu compromisso.