Erros comuns na operação de ETEs
O tratamento dos efluentes é uma das operações mais importantes para as empresas estarem totalmente alinhadas com os cuidados do meio ambiente.
Seja no comércio, indústria ou residências, a instalação e o uso de uma Estação de Tratamento de Efluentes (ETE) traz mais segurança e sustentabilidade para o negócio.
Por isso, é preciso ficar atento a cada etapa deste trabalho, afinal, alguns erros podem gerar graves problemas para a empresa e, consequentemente, para a natureza.
Confira os tópicos desse artigo:
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Como funciona a operação de ETE?
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Erros comuns no processo;
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Faça sua operação de ETE com a KSE Ambiental.
Tempo de leitura: 4 min
Como funciona a operação de ETE?
Basicamente, o processo de uma Estação de Tratamento de Efluentes (ETE) começa em grandes tanques de armazenamento, onde o esgoto permanece até que material seja submetido a algumas transformações.
Nós já apresentamos aqui em nosso blog, todos os detalhes das etapas de um tratamento de efluentes feito por uma ETE.
Descubra hoje quais são os erros mais comuns na operação de ETEs e, claro, como evitá-los! Torne o trabalho da sua empresa mais assertivo e consciente.
Precisa de ajuda na sua operação de saneamento? Fale com a KSE!
Erros comuns no processo
Falta de verificação da concentração de oxigênio dissolvido
Preocupado com o mau cheiro que sua ETE está exalando?
Em todas as Estações de Tratamento de Efluentes (ETEs) que aplicam processos biológicos e aeróbios, o oxigênio dissolvido se torna essencial para o sucesso da operação.
Conhecido como OD, o oxigênio dissolvido é o que preserva os microorganismos vivos durante todo o processo de tratamento dos efluentes. E, claro, sem esses seres não é possível realizar um processo totalmente biológico.
Porém, para que tudo funcione corretamente, é necessária uma quantidade correta de OD no processo.
Caso os microrganismos venham a consumir todo o oxigênio dissolvido, apenas os seres anaeróbicos sobreviverão e o mau cheiro se tornará uma certeza em sua ETE.
Para evitar problemas no tratamento biológico e aeróbio dos efluentes, a medição e verificação da concentração de oxigênio dissolvido é muito importante.
Mas, os valores de OD variam de acordo com a necessidade de cada Estações de Tratamento de Efluentes (ETEs), sendo que o mais comum é manter entre 1 a 4 mg.L-1.
Para garantir a qualidade do processo e também ficar atento aos valores ideais para o seu negócio, o mais indicado é a consultoria com uma empresa especialista em ETEs.
Falta de verificação do pH
Você sabia que os efluentes de suas estações também possuem pH? Esse potencial hidrogeniônico representa toda a acidez, alcalinidade e neutralidade dos materiais que estão sendo envolvidos no processo de tratamento. E caso estes níveis estejam alterados, todo o resultado pode ser afetado.
Em várias etapas do tratamento de uma ETE, os profissionais se utilizam de reações bioquímicas para alcançar a “limpeza” do esgoto e outros efluentes.
Com o pH mais ácido, básico ou alcalino todo o equilíbrio químico das reações é diretamente transformado. Uma das consequências é a precipitação de vários metais pesados presentes no efluente.
Em estações de tratamento que utilizam processos físico químicos, o pH é extremamente importante na utilização de coagulantes e floculantes, uma vez que cada produto utilizado na ETE possui um “ph ótimo’, ou seja, o pH ideal para que o produto tenha a maior eficiência possível.
Já para sistemas biológicos, o pH deve ser controlado, uma vez que este pH deve ser o adequado para que haja a sobrevivência e reprodução das bactérias que consomem as matérias orgânicas e nutrientes do esgoto.
Em resumo, se o pH de sua Estação de Efluentes não for frequentemente verificado, as consequências podem ser diretamente proporcionais.
Além de afetar na qualidade do processo final, o risco de contaminação da natureza se torna muito maior, totalmente oposto ao objetivo de uma ETE.
O valor do pH pode variar de 0 a 14, sendo que de 0 a 7 é ácido, 7 é neutro e mais que 7 ele é alcalino. Para entender o melhor nível para cada etapa do processo, a consulta com um especialista também é essencial.
Descarte incorreto do lodo
Durante todas as etapas de tratamento, os efluentes acabam gerando uma grande quantidade de lodo, ou seja, uma biomassa microbiana que é cultivada no processo.
De maneira geral, este material se acumula no fundo dos grandes tanques de decantação, o material sedimentado deve ser retirado de lá para evitar que haja o arraste dos sólidos/lodo juntamente do efluente clarificado já tratado.
Caso esse descarte não ocorra, o efluente tratado será “contaminado” com o lodo em excesso nos tanques. Vale lembrar que essa material deve ser retirado e descartado da maneira correta...
Atualmente, o lodo é, em sua maioria, destinado aos aterros sanitários, sempre de acordo com as premissas da PNRS (Política Nacional de Resíduos Sólidos).
Apenas em São Paulo, estima-se que mais de 500 toneladas sejam despejadas diariamente em aterros sanitários da cidade. Como esta é a opção mais conhecida no mercado sanitário hoje, muitas empresas continuam por este caminho.
Porém, por se tratar de um material de composição predominantemente orgânica, algumas opções de descarte também podem ser estudadas, como a incineração e compostagem, sendo que esta segunda sugestão resulta em fertilizantes orgânicos.
Mesmo com alternativas, muitas empresas ainda insistem no descarte incorreto do lodo, afetando a natureza e o ecossistema como um todo.
Por isso, se você não conhece a melhor maneira de eliminar este material no final da operação, procure um especialista e encontrem juntos uma opção sustentável.
Outros erros comuns
Os erros comuns na operação de ETE podem ser organizados de várias maneiras e além dos 3 que citamos, podemos comentar sobre a natureza dos efluentes em determinados momentos. Mas, o que queremos dizer com isso?
Pensar dessa forma significa separar os elementos que vão passar pela ETE por sua forma física: líquida, sólida ou gasosa. Isso pode ser interessante para facilitar o diagnóstico de problemas e trazer mais praticidade ao processo entre a equipe.
São alguns exemplos: formação de espuma, proliferação de algas, pH elevado para a fase líquida. Já na fase sólida temos a formação de lodo com dificuldade de desidratação do lodo, com maus odores, má sedimentação e por consequência, entupimento das tubulações. Por fim, na fase gasosa, a geração de maus odores próximo a ETE, corrosão das estruturas e dificuldade de queima dos gases nos reatores.
Desde o gradeamento e a sedimentação até a desinfecção e oxidação biológica, muitas variáveis estão envolvidas e podem alterar o caminho da evolução no processo da ETE.
De forma geral podemos listar também alguns erros na operação de ETE que podem ocorrer: o sistema pode ser incompatível com uma nova matéria-prima que surge no processo, os equipamentos podem apresentar falhas, picos de vazão podem ocorrer, acidentes e falhas operacionais humanas no geral também são incluídas.
O processo de uma ETE pode ser complexo, mas se feito da forma correta e com sua manutenção em dia, diminuímos as probabilidades de erros acontecerem. Por isso é sempre importante contar com uma empresa especializada e de confiança.
Faça sua operação de ETE com a KSE Ambiental
Estes são alguns dos muitos erros que podem surgir em uma rotina de operações nas Estações de Tratamento de Efluentes. Por tratar de materiais tão sensíveis à natureza, esse processo merece atenção e cuidado das empresas.
Desta maneira, a KSE Ambiental se posiciona como especialista em saneamento, desenvolvendo projetos personalizados, com estudos e diagnósticos exclusivos para cada empresa.
Nós cuidamos do meio ambiente e ajudamos você a cuidar também. Quer solucionar e prevenir erros na operação de sua ETE?