Etapas de Tratamento de Efluentes feitas por uma ETE
O tratamento de efluentes é essencial para garantir a qualidade de vida da população e o cuidado com o meio ambiente. Por isso, existem leis que regulamentam a obrigatoriedade de empresas e de indústrias implementarem Estações de Tratamento de Efluentes (ETE) em suas rotinas. Por ser uma medida de saneamento básico obrigatória, é importante conhecer as etapas de tratamento de uma ETE.
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Com todas as etapas concluídas adequadamente, é possível devolver o esgoto tratado à natureza, com mais sustentabilidade e segurança. Apesar de parecer simples, o processo de tratamento de efluentes envolve diversos processos, começando no momento em que os dejetos passam pela rede coletora de esgoto e são destinados para a ETE.
Neste artigo, nós vamos explicar como funcionam todas as etapas de tratamento de uma ETE e quais empreendimentos precisam de uma ETE em sua operação. Continue a leitura!
Neste artigo você vai descobrir:
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Como tudo acontece: as etapas de tratamento de uma ETE
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Quem precisa de uma ETE?
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Por que investir em uma ETE?
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Conte com a KSE Ambiental para instalar sua ETE
Como tudo acontece: as etapas de tratamento de uma ETE
Quando você tem uma ETE própria o esgoto é coletado em grandes tanques e, depois, passa por alguns processos de tratamento. Esta coleta, seguida do tratamento adequado, reduz a carga poluidora do esgoto, para que ele possa retornar à natureza sem causar danos ambientais.
Apesar de algumas diferenças mínimas, no geral, as etapas de tratamento de uma ETE são as que listamos abaixo.
Gradeamento
Os efluentes advindos das redes de esgoto, em primeiro momento, passam por uma espécie de peneira, formada por grades. Esta etapa serve para que os materiais mais grossos sejam retidos.
Assim, esse peneiramento inicial deixa o líquido livre de sólidos grosseiros que podem ter sido descartados incorretamente na rede de esgoto. As pequenas grades também auxiliam a continuidade do processo, sem que haja danos nos tubos e bombas.
Desarenação
A remoção da areia é a separação dos organismos menores dos maiores por meio da sedimentação. Deste modo, o que não foi coletado pelas grades é retido nesta etapa.
A areia que se encontra junto dos efluentes é, de modo geral, formada por material mineral, como a areia em si ou pedriscos, cascalhos, entre outros. Esses materiais descem para o fundo do tanque, enquanto o líquido da superfície é coletado para se encaminhar ao próximo passo.
Processo Biológico
Quando todos os elementos mais grosseiros são retirados, o esgoto é encaminhado para o tratamento biológico, que ocorre no tanque de aeração. Se antes tudo o que era visível foi retirado, agora é o momento de remover aquilo que não se vê a olho nu.
Nos tanques de aeração, o esgoto é exposto à presença de agentes microscópicos, que realizam reações bioquímicas. Esses seres microscópicos condensam a matéria orgânica que se encontrava no esgoto. Se antes a matéria orgânica era invisível, após esse processo ela ficará sedimentada no fundo até se tornar lodo.
Decantação
Neste passo é realizada a separação das misturas heterogêneas. Ou seja, após o tratamento biológico o líquido que restou passa por esse processo de decantação. Na decantação, o lodo formado fica no fundo do tanque e se separa da parte líquida dos efluentes.
A parte líquida clarificada, passa para a etapa posterior. Enquanto isso, o material lodoso deve ser retirado e encaminhado de forma correta – em alguns casos, é possível sua reutilização em processos da agricultura.
Desinfecção
Depois da decantação, acontece a desinfecção. Essa é uma das etapas de tratamento de uma ETE responsável por remover os agentes patógenos, seja pela ação de produtos químicos desinfetantes ou pela ação de raios ultravioletas. Assim, o esgoto já está tratado e pode ser devolvido ao meio ambiente, sem ocasionar danos.
Reúso
Caso o empreendimento opte por reutilizar o esgoto tratado, é necessário implementar um tratamento posterior à desinfecção para que o efluente tenha um polimento. Somente com esse tratamento mais direcionado é possível reutilizar a água, mas vale lembrar que o reúso não pode ser para consumo humano.
Algumas formas de reutilizar a água tratada do esgoto são em combate de incêndio, sistemas de ar-condicionado, lavagem de veículos, lavagem de calçadas, geração de energia, irrigação de gramados, agricultura, jardinagem e assentamento de poeira em obras.
Descarte do lodo
O lodo gerado nas ETEs é uma composição de substâncias, como minerais e matéria orgânica decomposta, cujo destino ainda é um desafio para as empresas do segmento. O que costuma ocorrer com esse material é o descarte em aterros sanitários especializados para isso.
As diretrizes e metas previstas na Política Nacional de Resíduos Sólidos incentivam a busca por alternativas inovadoras e menos prejudiciais ao meio ambiente. Mas, até o momento, a maioria das alternativas possíveis para reaproveitar os resíduos do lodo apresentam alto custo e um processo complexo. Afinal, o tratamento desse resíduo exige tecnologia de ponta e alternativas de espaços físicos para o descarte final.
Algo que vem ocorrendo é o uso do lodo para a produção de fertilizantes orgânicos destinados à agricultura, considerando sua composição vasta em macro e micronutrientes. Utilizar lodo na agricultura, quando tratado para ser fertilizante, aumenta a capacidade de retenção de água pelo solo. Outra alternativa que vem sendo desenvolvida é o uso do lodo enquanto fonte de energia sustentável.
As autoridades do setor de saneamento realizam estudos constantes para pensar em novas formas de descarte do lodo. Essa é a importância de contar com uma empresa especializada, que cumpre com as melhores diretrizes disponíveis e busca agregar soluções sustentáveis, no momento de realizar o tratamento de efluentes.
Quem precisa de uma ETE?
As ETEs são necessárias em indústrias, empresas ou empreendimentos grandes, como hotéis, mercados, hospitais, shoppings e condomínios. Ou seja, todo empreendimento que gera efluente e que não está contemplado pela rede coletora de esgoto pública deve implementar uma ETE para estar regular com diversas leis ambientais e operar de modo legal. Um exemplo é a Lei 9.433/97, que prevê diretrizes em relação à sustentabilidade e ao descarte de efluentes.
Vale lembrar que as indústrias podem causar grandes danos ambientais se não realizarem o tratamento dos efluentes gerados, pois liberam metais pesados e materiais tóxicos.
Além disso, outro benefício das ETEs é que elas podem representar economia por meio do reúso do esgoto tratado. O segmento da indústria é responsável por 22% do consumo de água no mundo, que é utilizada para diversas finalidades que vão desde a limpeza até o resfriamento em processos da operação. Para boa parte dessas atividades, a água poderia ser de reúso, gerando economia e sustentabilidade.
Da mesma forma que as indústrias, os hospitais são outro exemplo que merecem atenção redobrada no tratamento de efluentes. As ETEs hospitalares atuam para evitar o despejo de elementos tóxicos e/ou contaminados no meio ambiente, que podem ocasionar doenças e degradação ambiental. Devido ao potencial altamente tóxico, os hospitais devem ter sistemas específicos para o tratamento dos seus efluentes.
Uma alternativa para os menores empreendimentos são as ETEs compactas, que apresentam os mesmos resultados e exigem espaços físicos menores para operar. Empresas, pousadas, condomínios e mercados são alguns exemplos de estabelecimentos que devem contar com o tratamento de efluentes.
Por que investir em uma ETE?
A preocupação com o meio ambiente é papel de todas as indústrias, empresas e empreendimentos. Somente com olhar voltado à sustentabilidade é possível evitar a emissão de contaminantes nas cidades, a degradação do meio ambiente e diversas doenças nocivas à saúde humana.
E não há como pensar em sustentabilidade sem ações efetivas em saneamento básico e tratamento de efluentes. Sendo assim, contar com uma ETE e cumprir todas as etapas de tratamento de uma ETE também significa:
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estar regular com leis ambientais federais, estaduais e municipais;
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cumprir a Resolução nº 430/211 do Conama;
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evitar multas ou riscos jurídicos;
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cuidar da saúde pública local;
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evitar o despejo de efluentes contaminados nos solos e nas águas.
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