A polêmica dos grupos de WhatsApp de condomínio
Desde quando o aplicativo de mensagens instantâneas WhatsApp começou a popularizar-se, as pessoas têm utilizado-o de diversas maneiras, inclusive para situações mais burocráticas. Para falar com os amigos, para mandar mensagens de voz aos familiares ou até mesmo para resolver questões profissionais, a plataforma é de fato muito prática e intuitiva.
Nos últimos anos, o WhatsApp também tornou-se usual em condomínios, facilitando a comunicação de moradores, funcionários do local e síndicos. A necessidade de reuniões semanais ou mensais caiu, e os avisos agora podem ser passados de maneira mais ágil. No entanto, nem tudo são flores, o app tem causado certo estranhamento entre seus usuários desde uma nova atualização de seu dispositivo.
Trata-se de uma recente mudança na Política de Privacidade do aplicativo. As novas diretrizes do WhatsApp permitem que a plataforma compartilhe informações pessoais dos usuários com contas comerciais integradas ao Facebook, ao Messenger e ao Instagram. Para a infelicidade de alguns, apenas os que aceitarem as novas políticas poderão continuar utilizando a plataforma. Muitas pessoas têm buscado outras ferramentas para substituir o WhatsApp, mas uma das facilidades do aplicativo em questão é que ele garante a fácil comunicação com usuários que também estão inseridos na plataforma.
No caso de condomínios, existem vantagens e desvantagens do uso da plataforma comprada pelo Facebook. As vantagens são: a facilidade de comunicação a qualquer momento, a dispensabilidade de reuniões presenciais (especialmente durante a pandemia), a rapidez em que se pode enviar informações e anúncios importantes e a comodidade de poder conversar virtualmente de qualquer lugar. Já as desvantagens incluem a exclusão, muitas vezes, de pessoas que não aderiram à plataforma; a desconfiabilidade por parte dos usuários quanto às políticas de privacidade do app e eventualmente a perda de foco, já que muitas vezes as pessoas mandam mensagens fora do contexto condominial nos grupos.
Como lidar com grupos de WhatsApp no condomínio, sem ter problemas?
Bem, não existe uma metodologia específica, mas existem elementos indispensáveis para que esta modalidade de comunicação seja eficiente e disruptiva.
O primeiro passo é realizar uma votação, para saber quem apoia o uso da plataforma para o condomínio e quem não apoia. Feito isso, é possível perceber quantos estão interessados na comunicação digital e assim entender se um grupo online seria viável ou não. Algumas pessoas ficariam de fora, por não utilizarem o WhatsApp, então de qualquer maneira informações essenciais devem ser passadas off-line também. Além disso, para o bom convívio de todos, é indicado que se criem regras do grupo. Por exemplo, não permitir que seja falado sobre outro assunto que não aborde conteúdos sobre o condomínio e afins, evitar conteúdos relacionados a política e religião, e priorizar assuntos mais urgentes. São os administradores que irão ditar a conduta do grupo online.
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